Bashar Al-Assad
Nascido em
Damasco, Bashar al-Assad veio de uma família muito
envolvida com política, sendo seu pai o proprio Presidente da Síria. Ele
estudou oftalmologia em
sua cidade natal e depois foi para Londres concluir os estudos. Inicialmente
tinha poucas aspirações políticas e seu pai educara seu irmão mais velho, Basil al-Assad, para ser o futuro presidente. Porém a morte
deste em um acidente de automóvel mudou a situação e Bashar converteu-se no
herdeiro político de seu pai, que viria a falecer em 10 de junho de 2000.
Bashar al-Assad tornou-se então General do Estado Maior e Chefe Supremo das
Forças Armadas Sírias. Nomeado candidato único pelo Partido Árabe Socialista Baaz (único partido do regime) para a
Presidência da República, foi eleito mediante referendo em 10 de julho de 2000,
tomando posse em 17 de julho.
O começo de seu mandato foi marcado por uma esperança de
mudanças democráticas, que foi frustrada com a continuidade da política de seu
antecessor. Ante à ameaça da ideia de guerra preventiva levada a cabo pela administração
norte-americana, a instabilidade do Líbano, na qual a Síria mantinha uma forte
presença militar e as constantes tensões com seu vizinho Israel, Bashar
al-Assad procurou manter um discurso reformista que poderia satisfazer os
anseios da União Europeia e dos Estados Unidos, mas que na prática não produziu
nenhuma concessão ao movimento de oposição do país. A forte pressão
internacional sobre Bashar al-Assad após a morte do ex-primeiro-ministro
libanês Rafik Hariri, cuja autoria foi atribuída aos serviços de
inteligência sírios, fez com que as tropas mantidas no Líbano fossem retiradas.
Bashar al-Assad foi reeleito em um referendum convocado
no dia 27 de maio de 2007 onde conseguiu 97% de aprovação, mas ele concorreu
sozinho. No dia 25 de junho de 2010, iniciou uma série de viagens pela América
Latina, visitando Cuba, Venezuela, Brasil e Argentina.
Em 2011, frente a vários protestos no mundo árabe por reformas
democráticas, o governo de Bashar al-Assad prometeu abrir mais a política do
país para o povo. Porém frente a lentidão dessas mudanças, ou o não cumprimento
da promessa, opositores ao seu regime começaram uma série de protestos pedindo a derrubada do Presidente, que
respondeu aos manifestantes com o envio de tropas do Exército à
areas de protesto. A violência da repressão do governo fez com que vários
países pelo mundo, como os Estados Unidos, Canadá e União Européia adotassem sanções contra a Síria.
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