A Guerra Civil Síria (as vezes referida como Revolta Síria) é um conflito
interno em andamento na Síria, que começou como
uma série de grandes protestos populares em 26 de janeiro de 2011 e progrediu para revolta
armada em 15 de Março de 2011, influenciados por outros
protestos simultâneos na região. As manifestações populares por
mudanças no governo foram descritas como "sem precedentes". Enquanto a oposição alega estar
lutando para destituir o presidente Bashar
al-Assad do poder para
posteriormente instalar uma nova liderança mais democrática no país, o governo
sírio diz estar apenas combatendo "terroristas armados que visam
desestabilizar o país".
Foram iniciados como uma mobilização social e
midiática, exigindo maior liberdade de imprensa, direitos
humanos e uma nova
legislação. A Síria tem estado em estado de emergência desde 1962, que efetivamente,
suspende as proteções constitucionais para a maioria dos cidadãos. Hafez
al-Assad esteve no
poder por trinta anos, e seu filho, Bashar
al-Assad, tem mantido o poder com mão firme nos últimos dez anos. Os
protestos começaram em frente ao parlamento sírio e a embaixadas estrangeiras em Damasco.
O presidente Bashar al-Assad afirmou que seu
país está imune a todos os tipos de protestos em massa como os que ocorreram no Cairo, Egito.
Os protestos em 18 e 19 de março foram os
maiores que ocorreram na Síria em décadas, tendo as autoridades sírias
respondido com violência contra os manifestantes. O Secretário-Geral das Nações Unidas Ban Ki-moon,
chamou o uso da força letal de "inaceitável".
Após a morte de mais de oitenta rebeldes
sírios, a União
Europeia, representada por Catherine
Ashton, classificou a situação do país como "intolerável"
e solicitou que reformas ocorram na Síria.
Em resposta aos protestos, o governo sírio
enviou suas tropas para as cidades revoltosas com o
objetivo de encerrar a rebelião. O
resultado da repressão e dos enfrentamentos com os protestantes acabou sendo de
centenas de mortes, a grande maioria de civis. Muitos militares se recusaram em
obedecer às ordens de suprimir as revoltas e manifestações, e alguns sofreram
represálias do governo por isso. No
fim de 2011, soldados desertores e civis armados da oposição formaram o chamado Exército Livre Sírio para iniciar uma luta convencional
contra o Estado. Em 23 de agosto de 2011, a oposição finalmente se uniu em uma
única organização representativa formando o chamado Conselho Nacional Sírio. A luta armada então se intensificou,
assim como as incursões das tropas do governo em áreas controladas por
opositores. Em 15 de julho de 2012, com grandes combates irrompendo por todo o
país, a Cruz Vermelha internacional decidiu classificar o
conflito como guerra civil (o termo preciso foi "conflito
armado não-internacional") abrindo caminho à aplicação do Direito Humanitário Internacional ao abrigo das convenções de Genebra e à investigação de crimes de
guerra.
Segundo informações de ativistas de direitos
humanos dentro e fora da Síria, o número de mortos no conflito varia entre 21
050 a 28 795 pessoas, sendo mais da metade de civis, mas também incluindo 10
800 combatentes armados que pereceram nas lutas. Outras 100 mil pessoas teriam sido
detidas pelo governo. Pelo menos
250 mil sírios já teriam buscado refúgio no exterior para fugir dos combates,
com quase metade destes tomando abrigo na vizinha Turquia.
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